O que uma pessoa procura em um templo de Umbanda? Sabendo não
ser a religião dominante, e, ao contrário disso sendo demonizada e trazida ao
escárnio por algumas dissidências religiosas midiáticas, com grande poder de
indução e, infelizmente a pior parte de todas, em minha humilde analise, por
religiosos despreparados e afoitos. Tudo isso cria um ambiente pouco propicio
para que as pessoas se aproximem e conheçam a Umbanda, seus costumes, suas
tradições, sim, as suas tradições e hierarquias que somam muito a sociedade e
aos seus participantes. Existem hierarquias definidas e conquistadas pelo tempo
e determinação do participante, que entra como Abiâ (ao menos em nosso templo
assim é), precisa fortalecer-se no trabalho fraterno durante dois anos. Para a
maioria das pessoas, que vivem em um imediatismo que corrói as carnes, dois
anos é uma eternidade e muitos não suportam a caminhada. Depois desses dois
anos, lhes é dado a oportunidade de entrar mais profundamente, no que é chamado
de processo iniciático ,de Iawô, com suas iniciações filosófica e ritualística,
que deixa o individuo recluso do mundo para que esse tenha um retorno a sua
essência e rememore sua natureza divina, com isso trazendo alivio e conforto a
suas dores e o elevando ao entendimento de que somos parte integrante, cada
qual em sua individualidade, nos tornado uníssonos em Olorum e sua criação.
Depois desse passo (Iawô), esses iniciados tem a possibilidade de continuar
esse processo fazendo outros, como, Adochu, Didê, Igí, Akeparô e por fim
Babaeró, ou no caso feminino, Yaloeró. Todos esses “cargos”, iniciações são
feitas e merecidas por quem as faz. Não há privilégios de nenhuma espécie. E
nesse meio tempo essas pessoas exercem seu caráter de fraternidade trabalhando ao
menos uma vez por semana no trabalho fraterno com as pessoas que procuram o
Templo. Esse trabalho todo precisa de esforço, vibração e determinação. Cada
etapa é vencida com alegria, por todos, porque todos os iniciados sabem que
quando um vence todos vencem.
Porém eu sei
disso, mas quem mais sabe?
Quando
alguém chega até aqui, contradizendo tudo o que a mídia negativa diz, mesmo que subentendidamente e consegue vivenciar um pouco de tudo isso, mesmo em doses
pequenas, o que percebo, na maioria dos casos é que ficam extasiados. Perceber
que é possível amenizar as dores em um contato direto com o sagrado (entidades
incorporadas); entender que as dores, frustrações e aflições podem ser vencidas
através do depósito de nossa esperança em algo superior e ao mesmo tempo
visível, porque podemos ouvir e falar com esse “algo superior e divino”.
Algumas
dessas pessoas, por afinidade e sentindo um forte chamado decidem entrar nessa
corrente de luz e se tornam Abiãs, e a partir desse momento tudo o que citei
acima pode acontecer em suas vidas de sacerdócio, da iniciação em Iawô à
consagração de Babaeró ou yaloeró. Essa caminhada só é possível pela pergunta
que fiz no titulo “O que você procura?”. O universo visível e invisível é
regido por forças uma delas é a “lei das vibrações”, que diz que tudo o que
desejamos, a partir do momento em que iniciamos a busca, ao desejar, se tornará
uma realidade. Primeiro uma realidade “invisível” para logo em seguida,
dependendo da força imprimida, se tonar uma verdade visível. Para que essa lei
aconteça em nossos caminhos é preciso que nos perguntemos: O que busco? Se a
resposta da pergunta o trouxe até aqui, de alguma forma, mesmo lendo esse post,
e contradizendo a “mídia”, é porque você deve estar aqui para conquistar aquilo
que desejou. Esse é o fato! Então não fuja de seu caminho. A “mídia” traz
verdades relativas e induz a pensamentos incorretos, porém aquilo que você
sente, percebe e vivencia é a verdade. Sua verdade, não aquilo que querem que
você acredite. As curas acontecem aqui, e não é ação de “demônios”, as
limpezas, as mudanças de caminho para o melhor...
Pense nisso.
Não desista de seus objetivos! Não diminua sua expressão de espiritualidade.
Seja o que você é, e busque aquilo que te faz feliz.
Então, o que
você busca?
Rigoberto Franceschi, Dirigente do Templo Guerreiros da Luz