segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O que você busca?


O que uma pessoa procura em um templo de Umbanda? Sabendo não ser a religião dominante, e, ao contrário disso sendo demonizada e trazida ao escárnio por algumas dissidências religiosas midiáticas, com grande poder de indução e, infelizmente a pior parte de todas, em minha humilde analise, por religiosos despreparados e afoitos. Tudo isso cria um ambiente pouco propicio para que as pessoas se aproximem e conheçam a Umbanda, seus costumes, suas tradições, sim, as suas tradições e hierarquias que somam muito a sociedade e aos seus participantes. Existem hierarquias definidas e conquistadas pelo tempo e determinação do participante, que entra como Abiâ (ao menos em nosso templo assim é), precisa fortalecer-se no trabalho fraterno durante dois anos. Para a maioria das pessoas, que vivem em um imediatismo que corrói as carnes, dois anos é uma eternidade e muitos não suportam a caminhada. Depois desses dois anos, lhes é dado a oportunidade de entrar mais profundamente, no que é chamado de processo iniciático ,de Iawô, com suas iniciações filosófica e ritualística, que deixa o individuo recluso do mundo para que esse tenha um retorno a sua essência e rememore sua natureza divina, com isso trazendo alivio e conforto a suas dores e o elevando ao entendimento de que somos parte integrante, cada qual em sua individualidade, nos tornado uníssonos em Olorum e sua criação. Depois desse passo (Iawô), esses iniciados tem a possibilidade de continuar esse processo fazendo outros, como, Adochu, Didê, Igí, Akeparô e por fim Babaeró, ou no caso feminino, Yaloeró. Todos esses “cargos”, iniciações são feitas e merecidas por quem as faz. Não há privilégios de nenhuma espécie. E nesse meio tempo essas pessoas exercem seu caráter de fraternidade trabalhando ao menos uma vez por semana no trabalho fraterno com as pessoas que procuram o Templo. Esse trabalho todo precisa de esforço, vibração e determinação. Cada etapa é vencida com alegria, por todos, porque todos os iniciados sabem que quando um vence todos vencem.

Porém eu sei disso, mas quem mais sabe?

Quando alguém chega até aqui, contradizendo tudo o que a mídia negativa diz, mesmo que subentendidamente  e consegue vivenciar um pouco de tudo isso, mesmo em doses pequenas, o que percebo, na maioria dos casos é que ficam extasiados. Perceber que é possível amenizar as dores em um contato direto com o sagrado (entidades incorporadas); entender que as dores, frustrações e aflições podem ser vencidas através do depósito de nossa esperança em algo superior e ao mesmo tempo visível, porque podemos ouvir e falar com esse “algo superior e divino”. 

Algumas dessas pessoas, por afinidade e sentindo um forte chamado decidem entrar nessa corrente de luz e se tornam Abiãs, e a partir desse momento tudo o que citei acima pode acontecer em suas vidas de sacerdócio, da iniciação em Iawô à consagração de Babaeró ou yaloeró. Essa caminhada só é possível pela pergunta que fiz no titulo “O que você procura?”. O universo visível e invisível é regido por forças uma delas é a “lei das vibrações”, que diz que tudo o que desejamos, a partir do momento em que iniciamos a busca, ao desejar, se tornará uma realidade. Primeiro uma realidade “invisível” para logo em seguida, dependendo da força imprimida, se tonar uma verdade visível. Para que essa lei aconteça em nossos caminhos é preciso que nos perguntemos: O que busco? Se a resposta da pergunta o trouxe até aqui, de alguma forma, mesmo lendo esse post, e contradizendo a “mídia”, é porque você deve estar aqui para conquistar aquilo que desejou. Esse é o fato! Então não fuja de seu caminho. A “mídia” traz verdades relativas e induz a pensamentos incorretos, porém aquilo que você sente, percebe e vivencia é a verdade. Sua verdade, não aquilo que querem que você acredite. As curas acontecem aqui, e não é ação de “demônios”, as limpezas, as mudanças de caminho para o melhor...

Pense nisso. Não desista de seus objetivos! Não diminua sua expressão de espiritualidade. Seja o que você é, e busque aquilo que te faz feliz.



Então, o que você busca?

 Rigoberto Franceschi, Dirigente do Templo Guerreiros da Luz