A expressão religiosa de Umbanda não identifica o pecado.
Ou, em melhor analise, não os tem de uma forma tão rigorosa quanto os Cristãos.
Isso, para aqueles que vivem essa religiosidade em forma de espiritualidade
real, pode ser compreendido como uma dádiva. Viver sem as restrições de um
pensamento milenar que oprime e aprisiona. Viver em concordância com todas as
leis impostas pelos pecados é sublime e super-humano. Poucos podem se gabar
dessa dádiva, a grande maioria vive em pecado, tentando viver sem eles, que nos
trazem tantas alegrias momentâneas. Sim, os pecados trazem aos homens alegrias
de desejos momentâneos, como apreciar bons e fartos pratos cheios- GULA.
As mulheres usarem belos lingeries para os homens que amam podem trazer
momentos inesquecíveis para os dois-LUXURIA. Alguém que não queira
emprestar seu dinheiro a um amigo que precise, para que não lhe falte, para ter
uma sobrinha; Lutar a vida toda para conquistas sua casa, carro, sitio, etc –AVAREZA.
O que sentir em momentos que somos alvejados pelo mal das palavras e atos
alheios. De que outra forma se defender de uma agressão senão reagir e agredir?
– IRA. Aquele sono pela manha, tão bom que nos impede de levantar mais cedo e
quem sabe fazer algo “necessário”- PREGUIÇA. Ao vermos nossos amigos
conquistando algo que desejamos tanto e não tivemos oportunidade, surge a
pergunta, porque não eu?- INVEJA. Tudo o que fazemos é para
que tenhamos respaldo das pessoas que amamos e para que nos sintamos felizes- ORGULHO.
Pensando bem, nos vivemos, juntamente com os Cristãos, em
meio aos pecados, porém, apenas, quem sabe, os encaremos de formas diferentes. Isso
pode trazer e traz grandes implicações na forma de viver. Quem não passou ou
passa por algum desses sentimentos e desejo que expressei acima? Como não
reagir a situações que nos são impostas de maneiras em que estejamos
embrenhados neles.
A bem da verdade é que, como
umbandistas (falo aqui para os Guerreiros da Luz), temos maiores
responsabilidades diante das situações. Temos o sossego de não andarmos de mãos
dadas com esses senhores, os pecados, mas andamos de mãos atadas com as leias
universais que regem nossos caminhos, e de todos. Leis que nos impões e ensinam
o EQUILIBRIO
em todas as situações, que para
aquele que deseja se fartar com boas comidas, as saboreie com parcimônia. Que,
quando a preguiça bater, a saboreemos sem deixar de fazer o que é necessário e
assim por diante com todos os outros “pecados”. Sem sombra de duvida esses
sentimentos todos, gerados e geradores desses “pecados” são nossos, mas temos a
possibilidade, como seres em evolução e que estão embasados na GRANDE
BUSCA de administra-los para que eles não nos administrem. Somos todos “pecadores”,
vivendo em um mundo que nos incentiva aos pecados como cristão e aos desequilíbrios,
como Umbandistas (Guerreiros da Luz). Então nos demos as mãos e busquemos o
viver em concordância com a moral e nossa felicidade, no equilíbrio das duas. É
possível para aqueles que desejam.
A felicidade vive no
equilíbrio, não no excesso, nem na falta.
Rigoberto Franceschi, Diretor
Espiritual dos Guerreiros da Luz