quarta-feira, 30 de abril de 2014

Você é um pecador?


A expressão religiosa de Umbanda não identifica o pecado. Ou, em melhor analise, não os tem de uma forma tão rigorosa quanto os Cristãos. Isso, para aqueles que vivem essa religiosidade em forma de espiritualidade real, pode ser compreendido como uma dádiva. Viver sem as restrições de um pensamento milenar que oprime e aprisiona. Viver em concordância com todas as leis impostas pelos pecados é sublime e super-humano. Poucos podem se gabar dessa dádiva, a grande maioria vive em pecado, tentando viver sem eles, que nos trazem tantas alegrias momentâneas. Sim, os pecados trazem aos homens alegrias de desejos momentâneos, como apreciar bons e fartos pratos cheios- GULA. As mulheres usarem belos lingeries para os homens que amam podem trazer momentos inesquecíveis para os dois-LUXURIA. Alguém que não queira emprestar seu dinheiro a um amigo que precise, para que não lhe falte, para ter uma sobrinha; Lutar a vida toda para conquistas sua casa, carro, sitio, etc –AVAREZA. O que sentir em momentos que somos alvejados pelo mal das palavras e atos alheios. De que outra forma se defender de uma agressão senão reagir e agredir? – IRA. Aquele sono pela manha, tão bom que nos impede de levantar mais cedo e quem sabe fazer algo “necessário”- PREGUIÇA. Ao vermos nossos amigos conquistando algo que desejamos tanto e não tivemos oportunidade, surge a pergunta, porque não eu?- INVEJA. Tudo o que fazemos é para que tenhamos respaldo das pessoas que amamos e para que nos sintamos felizes- ORGULHO.
Pensando bem, nos vivemos, juntamente com os Cristãos, em meio aos pecados, porém, apenas, quem sabe, os encaremos de formas diferentes. Isso pode trazer e traz grandes implicações na forma de viver. Quem não passou ou passa por algum desses sentimentos e desejo que expressei acima? Como não reagir a situações que nos são impostas de maneiras em que estejamos embrenhados neles.
A bem da verdade é que, como umbandistas (falo aqui para os Guerreiros da Luz), temos maiores responsabilidades diante das situações. Temos o sossego de não andarmos de mãos dadas com esses senhores, os pecados, mas andamos de mãos atadas com as leias universais que regem nossos caminhos, e de todos. Leis que nos impões e ensinam o EQUILIBRIO  em todas as situações, que para aquele que deseja se fartar com boas comidas, as saboreie com parcimônia. Que, quando a preguiça bater, a saboreemos sem deixar de fazer o que é necessário e assim por diante com todos os outros “pecados”. Sem sombra de duvida esses sentimentos todos, gerados e geradores desses “pecados” são nossos, mas temos a possibilidade, como seres em evolução e que estão embasados na GRANDE BUSCA de administra-los para que eles não nos administrem. Somos todos “pecadores”, vivendo em um mundo que nos incentiva aos pecados como cristão e aos desequilíbrios, como Umbandistas (Guerreiros da Luz). Então nos demos as mãos e busquemos o viver em concordância com a moral e nossa felicidade, no equilíbrio das duas. É possível para aqueles que desejam.

A felicidade vive no equilíbrio, não no excesso, nem na falta.


Rigoberto Franceschi, Diretor Espiritual dos Guerreiros da Luz

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A Guerra pela paz


“Fazer o bem sem olhar a quem”. “Buscar o bem sempre, sem medir esforços” Essas frases e outras sintetizam a maioria das filosofias religiosas. Olhando sem muito critério imaginamos que essas querem nos dizer que sejamos passivos diante do mal e das situações que esse mal e pessoas maldosas criam. Quando nos colocamos diante da busca pelo bem, a maioria de nós se torna passivo diante do mal, interpretando errado a máxima de fazer o bem. Aquele que se faz passivo diante do mal, compactua com ele. Aquele que não faz resistência a maldade se torna parte dela, por fraqueza. Em inúmeras situações é necessário “empunhar as armas” e utiliza-las em defesa. Não reagir, mas fazer resistência é uma obrigação daquele que busca paz. O mal e os maldosos se criam diante da fraqueza dos bons. Fazer o bem é, em muitas situações, exercer resistência, contra aquilo que tenta tirar nossa paz. Surge uma pergunta diante disso: fazer resistência ao mal não acarretaria em algum mal ao outro? A resposta vem com outra pergunta: Deixar o mal acontecer não seria fazer mal a si e a todos os que dependem de você? Defender-se, articular-se em defesa do bem é uma exigência do próprio bem.
Essa questão precisa ser bem esclarecida. Aquele que luta pelo bem não deseja ofender, criticar injustamente, humilhar, caluniar ou ferir ja esta fazendo o bem. Em alguns momentos apenas usar das “armas” embasadas no bom senso é não deixar o mal se criar. 

O fato é que para fazer resistência é preciso não se ligar ao mal e para isso é necessário deixar a emotividade e emocionalismos baratos de lado. Aquele que se deixa levar pela raiva, ódios, rancores não estará sendo em nada diferente daquele que deseja fazer o mal. Fazer resistência é resistir, não entrar na vibração.
Não deixe que o mal faça morada no bem, mesmo que em pequenas doses. Se necessário for, afaste-se. Se preciso for, arme-se em defesa. Mas tudo isso sem entrar na vibração ou desejar o mal do outro.
Fazer o bem é, também, não deixar o mal se criar. O trabalho dos Guerreiros é auxiliar a afastar e reprimir o mal, para que o bem se faça real em seu caminho, e com isso a paz, saúde e prosperidade.